O mundo e o Brasil estão conspirando para um dólar
mais forte no fim deste ano.
A disputa
comercial entre China, Estados Unidos e Europa e a incerteza em torno das
eleições presidenciais de outubro fizeram economistas avaliarem que ainda há
espaço para a moeda americana se valorizar mais.
No Bank of
America Merrill Lynch, a projeção para o real só desce a ladeira neste ano de
mãos dadas com a expectativa para o crescimento econômico brasileiro.
Em relatório
divulgado nesta segunda-feira (2), os analistas do banco revisaram a perspetiva
para o real de R$ 3,52 para R$ 3,65 no fim de 2018.
Para o próximo
ano, a projeção ficou quase estável, ao passar de R$ 3,71 para R$ 3,72.
O exterior ainda
é o fator preponderante para a desvalorização do real e de outras moedas no
mundo.
"O estímulo
fiscal está levando a um crescimento americano maior em comparação com o
restante do mundo, onde o crescimento vacila", indica o banco.
"Um aumento
no protecionismo comercial elevaria a aversão a risco global e afetaria
desproporcionalmente outros países por causa de sua abertura econômica."
Especificamente
para a moeda brasileira, o fator doméstico começa a pesar.
"O risco
cresceu agudamente nas últimas semanas em meio à piora do cenário externo, ao
aumento das preocupações com as eleições do Brasil e com o maior impacto da
paralisação dos caminhoneiros na economia", dizem os analistas David Beker
e Ana Madeira no relatório.
Nos próximos
meses, as incertezas eleitorais devem assumir o protagonismo sobre o
comportamento do dólar, conforme a divulgação de pesquisas se tornar mais
frequente e as alianças forem forjadas, indica o banco.
No pior cenário
que traçou, com a vitória de um candidato com agenda contrária à do mercado e
com grandes dúvidas sobre sua governabilidade, o banco espera que o real atinja
R$ 5,50 em 2019.
A inflação iria a
7%, e o PIB (Produto Interno Bruto) teria queda. (...)
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