Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre e Jorge Augusto Alves da Silva.
O povoamento do município de Poções e sua exploração pelo colonizador
europeu datam da segunda metade do século XVIII, mais precisamente por
volta de 1732, quando o coronel André da Rocha Pinto tomou rumo pelo Rio de Contas até o Rio Verde
e a cabeceira do Rio São Mateus. A ocupação do território foi resultado
do início de incursões bandeirantes pelo interior da colônia. O
primeiro objetivo de tais incursões era descobrir ouro ou outros metais preciosos. Mais tarde, porém, houve a necessidade da fixação no solo, instalando-se ali fazendas, onde eram
praticadas a pecuária bem como a agricultura de subsistência. A cultura
do algodão também começou a ser praticada como forma de aproveitamento
do solo e das condições propícias da região.
A atuação das incursões aumentava o controle da coroa portuguesa na
região ao mesmo tempo em que fazia surgir povoações ao longo do caminho
percorrido pelos bandeirantes. Os núcleos habitacionais ali formados
começaram, paulatinamente,
a adquirir ares de urbanização, já que vilas e cidades tiveram suas
origens em grandes pedaços de terra formados pela casa do fundador ou
desbravador e o centro da religiosidade, a igreja dedicada ao santo
padroeiro.
O imigrante europeu não foi o único habitante da região, antes dele
ali esteve o verdadeiro dono da terra: o índio. Historiadores apontam
que os índios mongoiós habitavam a região. Tais índios eram uma
ramificação dos Camacãs do grupo Gê. Além dos mongoiós, há registros,
esparsos, da presença de escravos vindos de Angola e Moçambique, bem
como de negros nascidos no Brasil.
Como ocorreu em todo o solo brasileiro, os índios sofreram violência física e cultural dos portugueses que buscavam riquezas minerais e a posse de grandes propriedades de terra
para a criação de gado. Os mongoiós eram agricultores, cultivando
banana, milho e mandioca. Os trabalhos eram divididos por sexo, mas os
bens advindos do trabalho eram distribuídos coletivamente.
Além do índio, há relatos da presença de negros na região de Poções. Em carta
à Coroa Portuguesa, datada de 12 de agosto de 1780, Manuel da Cunha
Menezes, ex-governador da Capitania da Bahia, afirma que João Gonçalves
vivia em harmonia num rancho com 60 pessoas, entre elas seus agregados e escravos. Os escravos foram adquiridos a fim de poder praticar a pecuária. Outros documentos, incluindo inventários, relatam a origem dos escravos africanos que foram levados para a região, predominavam os de Angola e Moçambique.
Assim, o quadro social da região comportava brancos europeus
(atraídos pela promessa do ouro) e brasileiros, índios, na sua maioria
mongoiós e negros escravos, trazidos diretamente da África ou nascidos
no Brasil.
O município de Poções de hoje faz limite com as cidades de Boa Nova,
Nova Canaã, Iguaí e Bom Jesus da Serra. Possui uma área total de 966,3
km², ocupada por 44.152 habitantes, sendo que a maioria (31.753) mora na
zona urbana, cabendo à zona rural 1/3 da população total (12.399). As
mulheres são maioria no município. Dados censitários de 2000 registram
9.316 domicílios na sede e 3.506 na zona rural.
O ponto alto
das festividades de Poções é a festa do Divino Espírito Santo,
padroeiro da cidade. Nessa ocasião, são desenvolvidos desfiles de
cavaleiros com bandeiras coloridas, representando grupos da região.
Poções é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população em 2013, segundo o IBGE, é de 48.576 habitantes.
Está localizada numa depressão em forma de bacia. O centro comercial situa-se na parte baixa, enquanto na parte alta concentram-se as residências. Vários bairros compõem a sede municipal, a exemplo dos bairros Indaiá, Alto da Vitória, Santa Rita, Primavera, Tiradentes, Lagoa Grande, Bela Vista, Centro, Urbis, etc.
Dispõe de linhas regulares de ônibus para Salvador, Vitória da Conquista e para todo o país com acesso às principais rodovias do Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país. O município dispõe de aeroporto asfaltado para aeronaves de até 50 passageiros. Os aeroportos mais próximos para aviões de médio e grande portes estão em Vitória da Conquista, Ilhéus e Salvador.
Toda a água disponível na cidade vem da chamada "Barragem de Morrinhos", que nasce no Rio das Mulheres, e tem por finalidade abastecer a cidade e alguns municípios próximos. A barragem foi construída pela DNOCS, na década de 1950; a mesma está situada no distrito de Morrinhos, daí o nome da barragem.
Prefeitos municipais desde 1947
PREFEITO | PERÍODO DE GOVERNO | PARTIDO(S) POLÍTICO(S) A QUE ERA/É VINCULADO |
---|---|---|
Fernando Antônio Costa | 27/12/1947-15/04/1951 | UDN |
Alcides da Silva Fagundes | 15/04/1951-15/04/1955 | UDN |
Aloysio Euthalio da Rocha | 15/04/1955-07/04/1959 | UDN |
Olímpio Lacerda Rolim | 07/04/1959-07/04/1963 | PSD |
Aníbal Gonçalves de Carvalho | 07/04/1963-07/04/1967 | UDN, ARENA |
Pedro Alves Cunha | 07/04/1967-07/04/1971 | ARENA |
Arnulfo Ramos Silva | 07/04/1971-01/02/1973 | ARENA |
Pedro Alves Cunha | 01/02/1973-01/02/1977 | ARENA |
Octávio José Curvêlo | 01/02/1977-01/02/1983 | ARENA, PDS |
Eurípedes Rocha Lima | 01/02/1983-01/01/1989 | PDS, PFL |
Antônio Edvaldo Macêdo Mascarenhas | 01/01/1989-01/01/1993 | PDT, PTB |
João Bosco Godeiro de Freitas | 01/01/1993-01/01/1997 | PL |
Antônio Edvaldo Macêdo Mascarenhas | 01/01/1997-17/08/2001 | PTB |
Almino Alves Viana | 17/08/2001-01/01/2009 | PTB, PFL, DEM |
Luciano Araújo Mascarenhas | 01/01/2009-01/01/2013 | PTB |
Otto Wagner de Magalhães | 01/01/2013- | PC do B |
0 comentários:
Postar um comentário